Que se exploda!
Destrua! Estilhace!
Que rache! Desencaixe! Entorte!
Que esfarele! Morra! Quebre!
Que tudo se queime, rasgue
Delete e apague
Buraco negro
Vácuo
Me mostre um lugar pra recomeçar.
Que se exploda!
Destrua! Estilhace!
Que rache! Desencaixe! Entorte!
Que esfarele! Morra! Quebre!
Que tudo se queime, rasgue
Delete e apague
Buraco negro
Vácuo
Me mostre um lugar pra recomeçar.
Escrevo para me destruir
Que publique-se agora!
Não me venham perguntar se ainda gosto do que escrevi há dois ou três anos.
Evidente que não.
Cada poema meu é uma bomba relógio e se não explodiu na hora marcada...
Então falhou.
Hoje choveu,
Faz tempo que não vejo chuva
Minha vida andava de sol em sol
No início, primavera
E então : sertão
Mas hoje choveu,
E é bom que chova
Que a chuva lava aquelas mágoas
Não-ditas
Sim! Que chova!
E assim descubro
Se tuas doces juras
Eram ou não eram
De açúcar
Meus dias cinza
Eram todos coloridos por você
Mas hoje choveu
Pra eu não esquecer
Da monocromia da vida.