sábado, 11 de dezembro de 2010

DEZ E OITO

Em uma bela noite estrelada, no inicio do mês de Dezembro, numa quente e escura cidade da região metropolitana de São Paulo, um bela senhora, com seus 30 e poucos anos, caminha desesperada, subindo uma rua, em direção à um hospital.

Em um dos braços segura bolsas pesadas, cheias de roupas e utensílios, e com a outra mão segura com carinho, a própria barriga, com esta mão pede para seu filho: "espere Willian, espere mais um pouco".

Em suas preces diárias, desde o dia em que soube que estava grávida, esta mulher pedia, para que este menino fosse um boa pessoa, para que ele não lhe desse trabalho, que preferisse ficar em casa à sair com as más companias, que não se envolvesse com coisas ruins, e que, sobretudo, tivesse juízo.

Embora esteja nervosa, como toda mãe prestes a dar a luz, ela já tem a experiência de 3 filhos, o que, com certeza, vale alguma coisa, e em sua caminhada dolorida, continua suas preces, continua com a esperança.

Depois de 3 filhos, você aprende algumas lições, essa senhora, até agora, pensa que filhos devem ser levados em rédeas curtas, com todo o zelo possível, afinal, são bombas-relógio, prestes a explodir.


Mas este será diferente, ela reza pra que seja, e será, este filho, ensinará a esta mulher, que cada indivíduo na terra, por mais que sofra uma educação, por mais que seja afetado pelas coisas ao seu redor, cada indivíduo nasce com uma alma, e cada alma, se comporta de uma maneira.

E algumas horas depois, lá estava ela, pela quarta vez em sua vida, na sala de parto, sentiu a dor aguda da agulha entrando pelas costas, a injeção anestésica, e logo dormiu, ainda pedindo, ainda rezando, para que a criança que estava chegando chegasse bem, e que acima de tudo, fosse feliz.

E assim foi... as três horas e quarenta minutos da madrugada do dia onze de dezembro de mil novecentos e noventa e dois (3:40 de 11/12/1992) nasceu oficialmente para o mundo: Willian Welbert da Silva.

E depois de ensinar a seus pais que cada alma é uma alma, esse garoto cresceu, sofreu, amou cada amor como se fosse o único e o último, adorou cada amizade como se fossem eternas, ainda adora, e, principalmente, este garoto aprendeu, aprendeu a ser quem é, a tornar-se corajoso quando necessário, a esquivar-se dos perigos das palavras, a aproveitar a vida. Mas não se engane caro leitor, essa história não acaba aqui, ela ainda tem um caminho longo pela frente... este garoto ainda precisa aprender muito. Mas esse texto existe aqui por um motivo, hoje, este garoto faz 18 anos de vida, este garoto é hoje, oficialmente, um homem.

2 comentários:

  1. Me desculpe ser tão clichê num texto tão bom, mas eu estou chocado com essas palavras!
    Puta merda, cara, que animal, gostei de verdade! Jurei que fosse ficção, muito bom mesmo...
    Afinal, além de você ter todo o caminho pela frente. Como diz um trecho famoso:
    "Dançamos a dança da vida, no palco do Tempo, Teatro de Deus..."
    Seja um bom ator nesse ato da peça da vida, Will - leve uma boa fotografia consigo!

    ResponderExcluir
  2. me emocionei lendo isso meu kkk
    lindo d+

    ResponderExcluir